Secam-se em
mim as grinaldas!
Não passam
de fantoches aos meus olhos,
seca o amor,
enquanto alguém morrer…
De fome… de
medo… ou de frio…
Mas que
abandono em estendal!
Perdem a
graça todos os poemas
sem atitude.
Não fazem
sentido abraços mão na mão,
não, não
fazem.
Grosso modo:
sou ignóbil ao meu tempo;
vaio o que
não entendo.
Grosso modo:
nem só o amor procria,
da
indiferença brotam raízes.
E um dia ao
olhar o horizonte,
tudo o que
avistas são cruzes.
Por isso
mesmo:
secarei
todas as palavras de amor,
em poemas
que são farpas;
espetadas lentamente.
Assim, sem
mais nem porquê,
num tempo
intransigente com a vida.
Dou
prioridade às farpas!
Seria eu vendilhão
do templo,
se me
vendesse por uns trocados…
Palmas…
muitas palmas!
Beijos…
tantos beijos!
Abraços em
demais amasso!
Jamais quero
na mão o que não entendo,
neste palco
de cabeça para baixo.
Sou poeta, e
como tal:
berro… o
cheiro a podre…
Seco… mundo medonho!
Sou poeta de
cepa intransigente,
berro ao
cheiro a morte.
E ao enxofre
da mente
jamais me
curvarei.
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