terça-feira, 16 de junho de 2015

Nós dois e um xaile de cambraia...

Por vezes apetece-me juntar todas as letras
de uma trova de amor, e tecer um xaile de cambraia.
De alvura semelhante às paredes caiadas,
ou de um vermelho igual ao barro da planície.
Transformá-las em gotas de água de uma fonte,
onde as avencas murmuram ao luar.

Apetece-me juntar todas as estrelas do céu de Agosto.
Transforma-las em refrão! Assim transporto o teu rosto,
noite fora, o som da tua voz, e as palavras por sonhar.
Peço licença à solidão e divido o espaço contigo!
E assim: nós dois, o xaile de cambraia e uma mesma canção,
Bailamos ao nascer do sol. E as letras ganham asas!




Foto: Via Google

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