Por vezes
apetece-me juntar todas as letras
de uma trova
de amor, e tecer um xaile de cambraia.
De alvura
semelhante às paredes caiadas,
ou de um
vermelho igual ao barro da planície.
Transformá-las
em gotas de água de uma fonte,
onde as
avencas murmuram ao luar.
Apetece-me
juntar todas as estrelas do céu de Agosto.
Transforma-las
em refrão! Assim transporto o teu rosto,
noite fora, o
som da tua voz, e as palavras por sonhar.
Peço licença
à solidão e divido o espaço contigo!
E assim: nós
dois, o xaile de cambraia e uma mesma canção,
Bailamos ao
nascer do sol. E as letras ganham asas!
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