Não digas
nada, resguarda o silêncio.
Descai sobre
as cabeças um grito aflito,
mas inaudível
aos ouvidos. Silêncio…
Tudo o que
necessita o instinto.
Deixa correr
sem pressa o leito do rio.
Estão as
almas cansadas, em compêndio:
Estão os
corpos suados p`lo Estio.
Num mês de Agosto,
de sombra vazio.
Não digas
nada. Deixa que sonhe…
Todos os sonhos
sem alma. Deixa que sonhe…
Todos os
dias sem cor, e quem sabe os pinte;
com a cor do
amor.
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