domingo, 28 de agosto de 2016

Quando os calos das mãos sangram singelos…

Sou um pequeno átomo sem luz e sem vida.
Uma corsa perdida numa terra a inventar.
Sou de uma singela e fria gota de chuva.
Uma raiz quadrada da existência a enganar…

A falta de caridade. Contradição ou ironia!
Este meu jeito destemido de rumar;
contra a corrente. Afasta-me da lida,
do dia a dia em frenesim; sem se importar!

Se o vento que me acaricia os cabelos…
É do norte ou do sul. Importa-se se é suão!
Ou se os calos das mãos sangram singelos…

Na direção imposta ao rumo de uma mão.
Suspensa num mundo em mil flagelos.
Enquanto que a outra; se afoga na ilusão!


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