domingo, 21 de agosto de 2016

Esperança

Que incerta contingência na noite escura!
Faltam as estrelas, a lua e o seu rosto pálido.
Falta o uivo do vento! Na noite escura.
Como? Se nas sombras o bafo gelado

recorda secamente sonhos na penumbra!
De uma visão própria ao infiel destino.
E a dúvida em adrego limita na secura,
de uma noite sem luar. Só subsiste o grito!

Dança tresloucado na minha mente, dança…
Um tango por onde emerge a claridade!
Impropria a todos os versos sem pujança.

 Numa certeza calculada sem herança.
Mentira! São todas as horas, seriedade.
Roubei-as ao sussurro da esperança.


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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo