Que incerta contingência
na noite escura!
Faltam as estrelas,
a lua e o seu rosto pálido.
Falta o uivo
do vento! Na noite escura.
Como? Se nas
sombras o bafo gelado
recorda secamente
sonhos na penumbra!
De uma visão
própria ao infiel destino.
E a dúvida
em adrego limita na secura,
de uma noite
sem luar. Só subsiste o grito!
Dança tresloucado
na minha mente, dança…
Um tango por
onde emerge a claridade!
Impropria a
todos os versos sem pujança.
Numa certeza calculada sem herança.
Mentira! São
todas as horas, seriedade.
Roubei-as ao sussurro da esperança.
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