quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Estiveste

Numa dança sem ter fim se passa dançando
Alongam-se os braços, alcançando
O futuro que corre no verso
De um tempo a advir ás vezes controverso
Numa dança sem ter fim sonhamos

Perdemos minutos, ganhamos segundos
Procuramos amigos nos inimigos
Amamos, odiamos o verso da medalha
Vivemos ganhando uma ou outra batalha
E perdemos tanto no tanto que perdemos

Esgueira-se pelos dedos uma nesga de céu
Ás vezes a mente está coberta pelo véu
De uma cegueira imaginável
Outras vezes acontece o amor, é palpável
Mas o medo de errar trava a fome de amar

Ou o medo de amar sacia a fome de errar
Numa dança sem ter fim levamos ás costas
Pedaços que abandonamos pelas encostas
Se ao olhar para trás vislumbrar um jardim
Posso morrer descansada estiveste junto a mim.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo