sábado, 28 de janeiro de 2012

Porquê

Nas vezes que o vento abre fendas
Imagino que me vês
Mas o silêncio imperfeito tira as vendas
Restam quase sempre os porquês

Porquê
O olhar não trás nada de novo
O riso intrincado no canto da boca
Disputa com o olhar magoado
Confusa assim adormeço
Enquanto o vento fustiga
De manhã mal me reconheço
Lavo a cara, finjo a vida
O porquê acomodo
Comodamente num canto da mente
Assim passam os meses
Os dias e os anos
Assim meu amor fingimos
Que alcançamos.

Júlia Soares ( um pseudónimo para falar de amor)

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo