terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nem sempre...

Complacente vem a aragem de um dia sem nome
No mosto da boca o murmurar da fonte
Seiva de vida tingida de dourado que é triste
Mas mesmo assim benévolo.

Nas mãos uma pomba de esperança
No nome liberdade,
Autonomia do querer aliada ao crer,
Simplicidade.

Do teu rosto moreno descai o olhar
Poisa em mim, ansiedade…
Nas maças do rosto areal distante,
Sem oásis de fruta madura, cheiro a alecrim
Enfim.

Nem sempre o inferno perdura
Num olhar faminto.
Quase sempre a história é triste
Nuns pés descalços,
Quase sempre.

Foto Alfredo Cunha.

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