Porque me
chega no murmurar das folhas,
Na candura
de uma tarde de Outono,
O eco frio
das algemas, de uma alma sem asas.
E por entre
o cair da noite um rumor a abandono?
E nesse
instante as folhas amontoadas
Aos meus pés
gritam em coro. O seu a seu dono…
Finjo,
simplesmente finjo… São águas passadas,
Telhados de
vidro de um rei sem trono.
Como eu
queria ser formiga… perversa
É a mente com
desejos amontoados.
Tudo porque na
vida os sonhos são adiados.
Perversa é sorte
de um Outono sem chuva.
Perverso o
rumor que me serve como luva,
Enfiada das
avessas de dedos esburacados…
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