domingo, 20 de novembro de 2016

Tal como a chuva

Por entre os salpicos da chuva um raio de sol.
Uma esfera cintilante que circunda o meu ser.
Um coração que bate, iluminado tal farol.
Só o meu olhar finge distância, sem querer!

Deixo ao dia o seu curso sem entrar no rol.  
Que afugenta a ilusão do entardecer.
Oiço o murmurar da chuva no seu lençol.
Enquanto o riacho aos meus pés julga enaltecer...

Todo o amor por amar, ou os beijos por dar!
Será utopia… ou então loucura… será fresta…
Por onde entra... destemida... uma nesga de luar.

Não queiras virar as costas só por virar.
Escuta todos os gritos que saem da alma.
Tal como a chuva reinam nos dias sem par!


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