( Mote)
Amigos
pensem comigo,
e vejam se
tenho razão.
Até parece
castigo.
Toda esta
podridão.
No Banco de
Portugal,
andava tudo
aos soluços…
Muito
contidos, patuscos:
— Mas onde é que está o mal?
Não passa de
vendaval!
Era o que
faziam pensar.
Por isso;
restava esperar…
Que o BES se
safasse inteiro.
Escondiam o
formigueiro.
Amigos
pensem comigo…
O Senhor
Governador,
de nada
parecia saber.
Mas vamos lá
esclarecer;
que este
santo no andor,
até parece
um pastor,
a guardar as
ovelhinhas.
Desnutridas,
coitadinhas!
Enquanto
enganava a malta.
A escumalha
estava safa.
E vejam se
tenho razão.
Quanta areia
foi jogada…
Aos olhos
dos portugueses!
Já viram
quantos fregueses,
encobriram
de uma assentada?
E assim foi
desbaratada.
As poupanças
que sobraram.
De uma vida
e se esfumaram…
Sobre um
olhar complacente.
Enquanto fedia
a retrete…
Até parece
castigo!
Ou quem sabe
é mau-olhado.
Que o
impeliu a jurar:
- Não sei o
que se está a passar.
O Salgado é
honrado.
É um
banqueiro equiparado,
a deus lá
nas alturas.
O Governador
em branduras.
Punha água
na fervura.
E sossegava
a assembleia!
Mas que
parasita colmeia:
Toda esta
podridão!
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