Depois de
olhar o espelho, que me atrevo…
Pelas pedras
da calçada, que é a vida.
Estará um
rosto espelhado no céu, um enlevo…
Ainda assim:
o silêncio em redor deixa-me dividida.
Se eu amar,
ou, não amar, se falar, só por falar…
Se chorar, e
mesmo assim no fundo da alma…
Despertar as
gargalhadas ao jeito de bandolim.
Quem
desvenda a minha saia rodada.
Pintalgada
com as flores do alecrim.
Inercia
interrompida é a troca de palavras…
Correm sobre
os ombros e vão cair no regaço.
Destemidas,
pelo caminho trocam as voltas…
Aos
escombros… infligidos p`lo cansaço.
E se mesmo
assim:
O espelho
não trouxer um rosto.
É porque a
terra, não é terra e as pedras são muralha.
Oscilando
entre o silêncio e o grito esbaforido.
Anda à deriva o coexistir do sonho e do sono…
E o tal
rosto, lá está… perfeito, por entre os dias!
E o meu crer
é inercia até ao brotar do mosto.
Não faças
caso. Só os poetas sentem o calor da chuva.
Enquanto a
alma vagueia pelas nuvens frias.
Sem comentários:
Enviar um comentário