(Mote)
Disse o
vento certa vez:
O Guadiana é
paixão.
Desde o
nobre ao maltês.
A todos já
deu a mão!
Ouçam o que
vou dizer:
Há um rio
que é façanha.
A sua
história é tamanha.
Que até eu a
vou escrever.
A Espanha o
viu nascer,
e o seu leito
é altivez.
até rasga a
aridez,
da planície
alentejana.
O seu nome é
Guadiana.
Disse o
vento, certa vez.
Quando chega
a Juromenha…
Às terras do
Alandroal.
Tudo parece
abissal.
Não há nada
que o contenha!
Ainda se
pode ouvir a senha,
nas noites
de solidão,
de um contrabandista,
irmão,
que a salto
varava o rio…
Dizendo
cheio de brio:
O Guadiana é
paixão!
Está repleto
de azenhas.
E de campos
verdejantes.
Os
salgueiros são mirantes.
E as
margens, feiticeiras!
As águas,
até são bandeiras…
Gravadas com
sensatez,
na história
que sempre fez…
Do rio, a
sorte do povo…
Fosse velho
ou fosse novo.
Desde o
nobre ao maltês!
Gritou o vento em carpido,
lá p`rós
lados do Alqueva.
Este rio
tudo enleva,
Pulo do lobo
é cupido!
No inverno é
gemido…
Em Mértola até
é visão…
Com o céu, a
união.
E na vila do
Alandroal,
o seu peixe
é festival.
A todos já
deu a mão!
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