segunda-feira, 6 de março de 2017

Safadeza... Décimas



 (Mote)

Eu juro que um dia ouvi…
É uma história de pasmar!
só não sei se entendi,
mas andavam a calar!

Até o Vírus foi alarve!
E os telhados são de vidro.
Anda tudo empedernido.
De ar sisudo, muito grave!
A criatura foi entrave.
E lá se foram os milhões…
Mas sobraram alguns tostões.
Ao e-factura sacados.
Estão os caldos entornados…
Eu juro que um dia ouvi.

Abrenuncio, santa barbara.
Senhora dos aflitos.
É preciso requisitos.
Abracadabra que safra!
Como é redondinha a cifra.
E foi parar ao deus dará…
Enquanto o povinho por cá…
Paga e torna a pagar!
Tudo o que estou a contar…
É uma história de pasmar!

A Maria, angelical.
E o Núncio, salvador!
Baixinho e sem clamor…
Até acham que está mal!
Mas o silêncio foi a cal.
Que soterrou a vergonha.
Isto parece peçonha.
A política é um vespeiro!
Quando o caso é dinheiro.
Só não sei se entendi!

Se já chegámos à altura…
Em que tudo é permitido.
E só o povo é vencido…
Com má-fé e sem bravura!
Tudo se cala à fartura.
Que o dinheiro pode comprar.
Se qualquer anjo no altar…
Desconfiava com firmeza.
Desde 2011... a safadeza …
Mas andavam a calar!


Sem comentários:

Enviar um comentário

Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo