quinta-feira, 23 de março de 2017

Intempéries…

Ah …! Dúbia espinha enterrada no peito…
Saltitando de eira-em-beira, presa
por um fio, tão fino… Tão fino e exposto…
Às intempéries, onde… A chuva é fresa.

Ou é a pedra fria moldada no desejo…
Sinto os ferimentos na rua gelada.
E mesmo assim, sei que por vezes invento.
Trovoadas e relâmpagos, e a tormenta…

Não é a consciência daquilo que sou.
É onde quero ir, e quem quero levar.
Se até nas ondas do mar se levantou…

A espuma que teima em ficar, mas cegou:
Os seus olhos, e o reflexo só veio, afirmar…
Que o vento por breves instantes amainou!


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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo