Vou pedir ao
tempo que me leve nas asas…
Através do
campo para beber nas fontes.
Me apresente
o branco que veste as casas.
Pedirei ao
vento que me mostre os montes.
Se são todos
os sonhos brancas borboletas!
Que esvoaçam
muito além dos horizontes…
Serei então;
as cinzas de simples brasas!
Cinéreas no seu desvanecer, diferentes!
Tal como o ruído
que o pensamento alicia.
Não… não sou
louca; a recordação tem foz!
Murmúrio inaudível; mesmo assim, fantasia…
Ai coração;
não passas de casca de noz!
Perdido em
quimeras, na cor da utopia.
Enquanto os
sonhos adormecem sem voz.
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