quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Lado a lado…

Numa jangada de pedra tu e eu; lado a lado…
Construímos dos silêncios um palco sem ponto.
Dos olhos fazemos cisternas sem candelabro.
E no coração mesclámos um refrão de um fado!

Nos quatro versos do mote um ser alado…
Paladino à nascença de um mar envolto.
Quem sabe; traçamos num verso encantado…
Uma história de amor bordada em brocado.

Sinto toda a demora do mundo, logo eu!
Que invento o véu das mil e uma noites.
E da minha janela saltam alguns projécteis…

São pirilampos e são estrelas luzentes.
Que em busca de ti deambulam pelo céu!
Aerizados na inercia do silêncio em apogeu!



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