quarta-feira, 28 de setembro de 2016

No Presente…

A necessidade de identificar o mundo,
faz de mim um ser surreal e faminto!
Transforma o meu estar em rio profundo.
Sem delicadeza incentiva o instinto.

 Sinto que sou uma ilha deserta, o ser iludo!
Sem jeito transponho a ilusão, não resisto;
a olhar com outros olhos aquele buraco fundo.
Por onde se esvai a claridade e insisto…

Estranha forma de ser, no mundo solitário.
Empurro pedras na ladeira tão-somente:
Pelo prazer de ser autêntico, fadário!

É a mola dos poetas, sim é impertinente.
O olhar que se debruça sem sentir; receio…
Mesmo que a história seja vã… No presente…



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