segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Já o peito reclama…

 Vagueio pelas ruas em busca de um rosto!
Indago as esquinas, as sombras ao cair da noite…
Ri a meia-luz dos meus passos até ao sol – posto!
Só a primeira estrela da noite, insiste…

Aponta o caminho… A ilusão é um mosto!
Ou um figo maduro que nem sequer resiste:
À secura da boca ou ao resfrio imposto;
por uma quimera onde o querer insiste.

Baluarte de ilusões. Como é fraco quem ama!
Ou a alma iludida no aconchego do tempo.
Choro pelos passos perdidos, mas a chama…

Que alimenta o coração, afirma o oposto!
Afasta o vazio… É tarde, já o peito reclama!
Imerso na melodia de uma tarde de Agosto.


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