sábado, 22 de outubro de 2016

Trilhos...

Construo os meus mundos em torno do teu,
mas movo montanhas que jamais serão tuas!
Até; escavo crateras onde a ideia rejuvenesceu…
Quase sempre sou pedreiro de mãos nuas!

É dessa diferença que nasce um pigmeu.
Estranha criatura a martelar as entranhas;
numa luta constante para afastar o véu…
Propicio a um qualquer instante que abafas.

Porquê, eu? Insignificante grão de areia;
embrenhado na relação utópica com a vida.
Porquê, eu? Curto pavio sem candeia.

Como curta é a visão vaidosa e engalanada!  
Por poeira que tanto pode ser da areia,
como dos trilhos perdidos na tua estrada…


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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo