segunda-feira, 19 de maio de 2014

Tudo passa

Num ponto ao sul intento o teu rosto
Desenhado no barro a tinta-da-china
Mas a sorte trocada… e no mês de agosto
O barro vermelho morre de míngua

Nesta saudade sem cor e sem gosto
Dou por mim a indagar o céu que me olha
Parece dizer que o ponto é o oposto
Ao meu querer que agora desfolha

Um rosário sem fim… mas que recordação
Que me atira por terra… é só encontrão
Se dissipa num ai sem prever o clamor

Que se solta do peito corre campo fora
Retorna no eco que ao meu ser aflora
Tudo passa apressado… mas porquê o amor!



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