Sou um
deserto branquinho,
de areias
tão finas,
dunas
caprichosas.
Perdida por
entre o nada!
Uma rosa do
deserto
de aresta estonteante.
Por vezes me
sinto pedra,
na planície alentejana.
Nas areias
de um ribeiro
sou moira da
moirama.
Os cristais
que são meus medos,
penetram a
terra virgem.
Buscam
talvez degredos,
que neste
mundo persistem.
Outras por
entre a lua
procuro o
teu abraço.
Mas a saudade
é crua
logo me
desembaraço.
Sou um
deserto branquinho!
Sem oásis que
lhe valha.
Faço dos
versos destino,
das rimas
farei mortalha.
E de ti…
farei todos os poemas!
Que sonham na
noite calma.
Sem comentários:
Enviar um comentário