terça-feira, 21 de abril de 2015

De ti farei todos os poemas.

Sou um deserto branquinho,
de areias tão finas,
dunas caprichosas.
Perdida por entre o nada!
Uma rosa do deserto
de aresta estonteante.

Por vezes me sinto pedra,
na planície alentejana.
Nas areias de um ribeiro
sou moira da moirama.

Os cristais que são meus medos,
penetram a terra virgem.
Buscam talvez degredos,
que neste mundo persistem.

Outras por entre a lua
procuro o teu abraço.
Mas a saudade é crua
logo me desembaraço.

Sou um deserto branquinho!
Sem oásis que lhe valha.
Faço dos versos destino,
das rimas farei mortalha.

E de ti… farei todos os poemas!
Que sonham na noite calma.







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