Almejo impelir-te
os sentidos,
Elevar aos píncaros
o poema,
nos dias de
rima fácil.
À semelhança
de outrora,
quando as
palavras erravam,
nos botequins ao final da tarde,
e os poetas
entre si rasgavam versos,
que dependuravam
na alma.
Apetece-me espicaçar!
Recuo… não julgues
a minha ousadia,
impropria ao
presente.
Porém… São
tantos os versos perdidos,
impedidos de
respirar. Metamorfose
dos beijos ao luar!
Seguro a ânsia
de ir além…
Por entre as
flores da primavera.
Que até os escuto
a implorar!
Penso duas
vezes, torno a pensar.
Dou por mim
a imaginar.
Do barro que
somos talhados,
soltam-se partículas
em versos roubados.
Ao céu, à
terra e ao mar!
Imagem: Via Google.
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