segunda-feira, 18 de julho de 2011

Limiar

No limiar de alguma coisa
Encontro-me
A soleira, e a porta entreaberta
Convidam à ida
Se o tempo dúbio fosse altivo
Quem sabe
O limiar aligeirasse

Percorro caminhos precoces
São de uma precocidade rara
Encontro o teu rosto
Que desconheço
Em cada ribanceira insólita

Porque me persegues
Nos sonhos
Não sabes que não os comando
Porque me persegues
Na morte
Se morta estou até quando

O limiar transpuser
Prematuros até lá
Serão todos os olhares
Um alcançar indeciso
Que te julga ultrapassar.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo