Os poetas sentam-se à mesa
Desfolham relíquias
Aos meus olhos
São rosários, são bitolas
Entram e sentam-se
Naturalmente
Com alguma timidez
Tão própria dos poetas
Eu
Busco em cada gesto
A seiva de que me alimento
Eu sei por vezes vejo
Um beijo
Solto no vento
Também vejo dores
As que a alma esconde
E flores
Um jardim imenso
Onde flutua incenso
São os outros
Que também se sentam
Fernando e Torga
Sofia, Ramos Rosa
O Aleixo
Com uma quadra airosa
Pressinto os passos
De Almada Negreiros
Ary dos Santos
Até Vitorino Nemésio
Estes são alguns
Que vieram sem pedir
Muitos mais virão
Um dia
Quando o poema emergir
segunda-feira, 18 de julho de 2011
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