quinta-feira, 28 de julho de 2011

O muro

Bati com a porta, mas ficou a remoer
Bem no fundo do meu intimo
Porque tive que o fazer
O mundo não seria igual, o limiar distinto

Instigava à rebeldia
Acreditava mas soava a vilania
Bati com a porta ainda hoje não aceito
Que a utopia trespassa em defeito

Um muro que caiu com ele a certeza
De que senhores que governam
São tiranos em correnteza
Sobrancelhas arqueadas condenam

Todas as portas fechadas
Quando o espírito é liberto
Hoje nas caras trancadas
Vejo espanto encoberto

Pela falta de coragem
Pelo falso entender
Quem não aceita vassalagem
é-lhe mais fácil morrer.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo